Starchaser – The Legend of Orin (Starchaser – A Lenda de Orin) Steven Hahn (1985) Eua

[“Starchaser – The Legend of Orin“], na minha opinião é não só umas das melhores aventuras espaciais de sempre como possivelmente será o mais interessante de todos os clones do “Star Wars” original.

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Além de ser uma das space-operas mais genuínas que poderão encontrar no mercado dvd e um verdadeiro antepassado de obras como “Titan A.E.”, “Firefly” ou “Serenity” é também um digno herdeiro da tradição clássica do género literário cridado no final dos anos 30 do século passado.
Peço desde já desculpa pelo tamanho do texto a seguir, mas há muito para dizer e contextualizar sobre este filme aparentemente tão obscuro que vou aproveitar esta review para apresentar aqui algumas informações em jeito de artigo, pois acho-as absolutamente necessárias para que todos aqueles que desconhecem o que vou introduzir a seguir possam olhar para esta mágnifica e desconhecida aventura no espaço um pouco com os meus olhos.
Comecemos então.

Prova-se com este [“Starchaser – The Legend of Orin“] que um filme não se torna necessáriamente numa má obra só porque tenta ser um clone de um outro filme conhecido.
O grande valor deste desenho animado está precisamente na forma como os seus criadores pegaram em tudo o que gostaram em “Star Wars” (mas não só) e souberam misturar muito bem todas essas referências de uma forma que lhes deu não só uma nova vida, como acima de tudo dotou o filme de uma identidade muito própria que fez com que toda a gente que o viu anos atrás ainda hoje se lembre dele, mesmo que já não se recorde do seu título.

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[“Starchaser – The Legend of Orin“], tem tudo para agradar ao fã da mais clássica space-opera apesar do seu visual aparentemente muito básico.
Tem identidade, personalidade e acima de tudo tem muita atitude e personagens com carisma.
É que este filme, apesar de se colar á imagem de “Star Wars“, na verdade acabou por reproduzir no ecrã as mesmas fórmulas clássicas que já George Lucas tinha recuperado e que foram por sua vez também a base do seu filme em 1977.
Hoje em dia “Star Wars” já está tão integrado na cultura popular mundial, que muita gente está convencida que o estilo foi inventado por Lucas.

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Na realidade, se os criadores de [“Starchaser – The Legend of Orin“], foram beber inspiração às aventuras de Luke Skywalker também já “Star Wars” tinha ido buscar as mesmas referências á ficção-científica dos anos 30; precisamente indo ás origens do género literário que veio a ficar conhecido por space-opera.
Género que já existia imaginada naquela mesma fórmula pelo menos trés décadas antes de Lucas ter alcançado o éxito que alcançou.
Por isso, acusar [“Starchaser – The Legend of Orin“], de tentativa de plágio temático será o mesmo que acusar “Star Wars” do mesmo visto que ambos bebem da mesma fonte original.

As origens da Space-Opera

Se este filme de animação tem na sua história um jovem “camponês” ingénuo, uma princesa lutadora, um mercenário espacial, dois robots, um vilão cibernético, uma “Força”, cavaleiros espaciais caídos em desgraça, mentores mistícos, duelos com espadas de luz, batalhas laser em corredores e combates espaciais, também já “Star Wars” foi buscar esses “mesmos” personagens-tipo e situações á ficção-científica clássica.

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Por isso não pensem que o Darth Vader, Obi-Wan, Luke Skywalker, Han Solo  ou até mesmo R2-D2 só passaram a existir quando apareceram com essa identidade no excelente argumento de Star Wars, porque esse tipo de personagens há muito que estavam delineados nas velhas pulp-magazines dos anos 30,40 e 50, tão populares entre os adolescentes que os devoravam na altura ao ponto do próprio Lucas considera-los parte essencial na formação da sua imaginação como já devem ter lido e visto nas suas entrevistas.
E isto nem sequer é um grande segredo.
“In his biography, George Lucas reveals that the Lensmen novels [(E.E.Doc Smith)], were a major influence on his youth, completing the tie from the books to modern popular culture through Star Wars”

Estas influências nunca são muito detalhadamente explicadas nos documentários que todos conhecemos. São sempre referidas de uma forma génerica juntamente com outras adicionais mais evidentes, até porque seria certamente muito complicado explicarem tudo sobre as origens de cada uma delas e como tal as novas gerações que nunca ouviram falar do começo da space-opera estão plenamente convencidas que antes de “Star Wars” não havia nada do género.

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Muito menos fazem ideia de que este tipo de aventura espacial já tinha sido delineada há mais de cinquenta anos pelo génio do escritor E.E.Doc Smith (entre outros). Doc Smith que é unânimemente considerado como pai da moderna space-opera, pois sem o seu trabalho (e principalmente sem os seus personagens-tipo) certamente hoje “Star Wars” se ainda existisse seria algo completamente diferente e [“Starchaser – The Legend of Orin“], nunca teria sido produzido.
É que este filme animado não se limita apenas a tentar clonar o êxito de Lucas como vai mais além no que toca á reprodução das fórmulas de aventura espacial ainda mais antigas do que aquelas que Star Wars aproveitou, o que só lhe fica bem.

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Se Tolkien com “O Senhor dos Aneis” definiu a estrutura do moderno romance de Fantasia, criando os personagens-tipo do género que hoje são a base de inúmeras variações que vão desde o “Dungeons & Dragons” até ao “Eragon” (este último com uma outra origem ainda mais evidente); o escritor E.E.Doc Smith embora muito menos conhecido a nível do grande público moderno, fez o mesmo no que toca ao género da aventura espacial que não existia até então nestes moldes.
Doc Smith acabou por influenciar tudo o que a partir desse momento veio a ser criado desde “Flash Gordon” a “Firefly” que, se não contarmos com os novosStar Wars” foi a última reencarnação deste estilo que antigamente apenas tinha vida nas páginas de revistas que hoje já nem existem.

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Infelizmente para E.E.Doc Smith, o cinema do seu tempo, técnicamente ainda não permitia que se reproduzisse fielmente os seus universos no grande ecran e como tal, durante décadas os seus conceitos e histórias estiveram confinados ao semi-obscuro e muito desprezado mundo das pulp-magazines de ficção-científica sempre desconsideradas pela auto-proclamada crítica literária iluminada.  A mesma crítica que do alto do seu púlpito nunca tinha olhado sériamente para o género da space-opera até George Lucas ter feito muito dinheiro ao renová-lo e de repente ter ficado na moda e ser de bom tom dizer-se que afinal já se gostava de aventuras no espaço.

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Durante décadas, a space-opera andou pelas revistas de ler e deitar fora e essas narrativas não eram consideradas mais do que divertimento inconsequente para crianças, tendo inclusivamente muitas histórias desaparecido por completo perdendo-se para sempre quando os últimos exemplares de muitas dessas revistas acabaram por desaparecer.
Com o sucesso do filme de Lucas, houve um interesse renovado e de repente os editores procuravam desenterrar tudo o que pudesse ser publicado na tentativa de saciar a vontade do público por mais aventuras espaciais e com isso ganhar também bom dinheiro trilhando o caminho que George Lucas abriu com o seu merecido sucesso.

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Por isso, o final dos anos 70 conheceu um ressurgimento do género da aventura espacial e foi a altura em que no cinema, não só se produziram space-operas italianas como “STARCRASH“, japonesas com “Message from Space” ou americanas na forma de “Battle Beyond the Stars” como o mercado de livros e revistas se viu inundado de todo o tipo de aventuras no espaço com espadas laser, mercenários e claro, gajos maus vestidos de preto com máscaras respiratórias e problemas de asma agravados.
[“Starchaser – The Legend of Orin“] só poderia ser um produto desta época.
Um pequeno filme animado, que no entanto é um excelente exemplo de um produto da altura em que a redescoberta da space-opera estava no auge.

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Entre os finais dos anos 70 e o meio dos anos 80, a maior parte das histórias literárias publicadas eram criações contemporâneas, óbviamente inspiradas por “Star Wars“.
Foi nessa altura que também se descobriram em colecções privadas e baús perdidos um par de obras á muito esquecidas e algumas até incompletas de E.E.Doc Smith que foram posteriormente terminadas por escritores contemporaneos, tanto com base nos contos inicialmente obscuramente publicados como em notas detalhadas que o escritor deixou antes de morrer em 1965.
Foi quando a febre da space-opera finalmente permitiu que Doc Smith se desse a conhecer ás pessoas e muita gente ficou absolutamente espantada por ter descoberto que este senhor já falava em batalhas no espaço com raios laser ainda o próprio laser não tinha sido inventado ou sequer tinha um nome nas novelas.

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Romances como “Os Caçadores do Espaço” ou “Os Senhores do Vórtice” já descreviam raios de luz concentrada que podiam penetrar nas couraças das naves, combates no espaço com cruzadores gigantes e muitas outras coisas que as pessoas vieram a conhecer associadas (apenas) ás aventuras espaciais modernas, na época pós-Star Wars.
Como imaginam, muitos daqueles fãs de Star Wars fundamentalistas religiosos quase que aderem ao Lado Negro da Força de cada vez que ouvem sequer a hipótese de George Lucas não ter criado de raíz absolutamente tudo o que eles vêem no ecrã; sendo este o tipo de coisa que gera sempre grandes discussões e ódios de estimação contra quem conhece mais sobre o universo da space opera.

Tudo isto para dizer o quê ?
Não para retirar o mais que merecido mérito a “Star Wars” mas para contextualizar muito daquilo que de certa forma erradamente as pessoas classificaram automáticamente como imitações desse filme.

Uma questão de plágio…

É certo que [“Starchaser – The Legend of Orin“] tal como todas as outras space-operas dos anos 80 nunca teria existido não fosse o sucesso de Star Wars, mas em Hollywood ( e no mundo da pseudo-FC/Fantasia literária para adolescentes ) actualmente abundam títulos muito mais plagiados que no entanto nunca são apontados a dedo.
Curiosamente ou talvez não porque dão milhões a ganhar aos produtores que os licenciam ou fabricam qual produtos de fast-food automáticos num ciclo perpétuo do mistura-e volta-a-dar que eles não notam porque sofrem de short-attention-span.

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Por exemplo “Harry Potter” que pura e simplesmente devido ao sucesso obtido (e principalmente pelo dinheiro que gerou), até fez esquecer que todos os seus conceitos e universo base já existiam antes plenamente detalhados na clássica obra de Fantasia conhecida por trilogia de Terramar da autoria da veterana Ursula K.Le Guin ; ( do qual podem encontrar mais detalhes aqui nesta minha outra review ).

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No entanto graças ao poder do marketing, quem nunca leu nada de Fantasia clássica e apenas leu “a Fantasia” que a publicidade anda há anos a impingir ao publico mais jovem, estará plenamente convencido que J.K.Rowling criou um conceito extraodináriamente original com ambientes e personagens únicos quando nada poderia estar mais longe da verdade. E é melhor nem falarmos daquele vazio que é “Eragon” tanto em filme como nos romances originais
Se no caso de George Lucas com “Star Wars” se nota perfeitamente a intenção de homenagear um género extinto, no que toca a Harry Potter por exemplo o assunto só não avançou para uma acusação de plágio em tribunal apenas porque a autora de Terramar já se encontrava demasiado idosa para ter que enfrentar qualquer processso burocrático e o mediatísmo que isso provocaria, segundo declarações da própria quando já contava quase 90 anos de idade.
Portanto desprezar titulos como [“Starchaser – The Legend of Orin“] por se parecerem com imitações de Star Wars tem muito que se lhe diga e muito de subjectivo.

Classic Space Opera

[“Starchaser – The Legend of Orin“],  teve e continua a ter tanto direito a existir quanto “Star Wars“.
Ambos são bons exemplos de uma boa homenagem à época clássica da ficção-científica,de um regresso á space-opera genuína e ambos são excelentes filmes de pleno direito; embora toda a gente tenha visto o filme de Lucas e muito pouco público teve oportunidade de ver [“Starchaser – The Legend of Orin“]; que ainda por cima foi feito em desenho animado e produzido numa época onde o cinema de animação era essencialmente apontada ao mercado infanto-juvenil apenas e ainda não esgotava bilheteiras pois a Pixar estava a muitos anos de distância.

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Embora filmes como este dentro da própria indústria do cinema de animação tenham até hoje uma importância reconhecidamente histórica. Neste caso também é plenamente justificável ter-se tornado num filme de culto dentro do meio, pois é realmente um produto único criado numa época onde não havia nada assim.
Á primeira vista, [“Starchaser – The Legend of Orin“], parece um produto relativamente banal por vários motivos e como tal a primeira impressão negativa poderá iludir muita gente e impedir que continuem a acompanhar o filme após as primeiras sequências.
É que visualmente, assemelha-se mais a um banal produto de animação televisiva de sábado de manhã do que própriamente a uma obra cinematográfica digna ser projectada nas salas de cinema.

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[“Starchaser – The Legend of Orin“], técnicamente parece ser uma versão pobre de “Titan A.E.“, outra fabulosa space-opera animada que anos mais tarde contou não só com mais dinheiro mas principalmente com a evolução da própria técnologia.
Um luxo que Starchaser não pôde ter, embora actualmente seja recordado essencialmente por uma coisa que já na altura fez mesmo muito bem.
[“Starchaser – The Legend of Orin“], foi um dos primeiros filmes a combinar animação tradicional com sequências criadas em computador usando a agora popular técnica de cell-shading.
Não só conseguiu fazê-lo com computadores da época, como ainda por cima fê-lo muito extraordináriamente bem.
Todas as sequências de combate espacial foram criadas nesse estilo e o resultado é absolutamente perfeito.

Até no próprio trabalho de realização, pois o director soube tirar partido dessa técnologia tão limitada na altura, criando cenas de acção com as naves espaciais absolutamente emocionantes pois são não apenas os melhores momentos do filme como na minha opinião serão já momentos clássicos da space-opera filmada.
E cenas destas não faltam nesta aventura espacial para nos fazer vibrar ao mesmo tempo que a fantástica banda sonora nos envolve tão bem quanto o clássico tema de John Williams o fez no filme de Lucas.

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Tudo isto a meio dos anos 80 quando a coisa mais emocionante que havia em computador tinham sido os 15 minutos de sequências animadas digitalmente para Tron. E mesmo essas practicamente ninguém viu pois na altura o filme da Disney foi um fracasso.
[“Starchaser – The Legend of Orin“], também não teve grande público mas marcou a diferença pois além de ter conseguido uma animação fluída absolutamente fantástica, ainda o conseguiu fazer de uma forma que visualmente integrou tão bem as cenas digitais que o espectador nem se lembra que está a ver um bom exemplo das primeiras animações de computador.
Acreditem, vão adorar as cenas de combate com naves neste filme.
É que ainda por cima a nave é um dos personagens mais divertidos do filme pois é dotada de uma personalidade muito própria que vos vai deixar completamente fascinados e divertidos durante as suas cenas se gostam de um bom filme de aventuras espaciais.

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E já que falo em personagens, vão adorar o mercenário espacial. Apesar de óbviamente se inspirar em Han Solo, no entanto acabou por se parecer mais com o carismático capitão da nave Serenity de “Firefly” do que própriamente com o personagem de Harisson Ford.
Como já referi uma das coisas que actualmente gosto muito é precisamente deste pormenor, porque [“Starchaser – The Legend of Orin“], muitas das vezes parece mais um antepassado deFirefly” do que uma simples imitação de “Star Wars”.
Acaba por ter uma atmosfera semelhante, muito fruto da caracterização de personagens que compõem a  tripulação da nave e pelo sentido de humor que percorre todos os diálogos.

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Além deste, o filme conta óbviamente com o jovem heroi da história que basicamente faz o papel de Luke Skywalker e com um par de robots neste caso uma divertida “roboa” e o computador da  nave do mercenário que passam o filme a discutir e originam alguns dos momentos mais divertidos do filme.
Também não falta uma princesa espacial e óbviamente o inevitável mau cibernético que tem muito a esconder por detrás da sua máscara.
Tudo isto parece muito básico e evidente, mas acreditem que tudo está muito bem misturado e nem se vão importar com isso pois tudo resulta num argumento divertido que vão gostar de seguir.

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Inicialmente o filme vai parecer-vos algo primário, pois o seu baixo orçamento nota-se bastante nos momentos iniciais. Além disso a história nem parece particularmente interessante nos primeiros 15 minutos. Mas não desistam porque a partir do momento em que as naves espaciais entram em acção vocês já não vão conseguir descolar de frente do ecrã até [“Starchaser – The Legend of Orin“], terminar com a habitual vitória do bem sobre o mal.
No entanto apesar do baixo orçamento, tudo foi realmente muito bem equilibrado.

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A realização é excelente e o filme mantém um ritmo narrativo absolutamente perfeito sem dar descanso ao espectador, ora com cenas de acção ao melhor estilo space-opera ou então com momentos de humor negro súbtil e muito divertido.
Acima de tudo [“Starchaser – The Legend of Orin“], apesar de ser um desenho animado, vai muito para além da simples história de aventura para crianças, pois tem um equílibrio temático excelente e consegue agradar tanto aos putos como ao adulto que goste de boa space-opera e não tenha medo de encontrar uma dentro de um filme de animação.

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Apesar de algo limitados, os cenários ao longo do filme são muito imaginativos e conseguem transmitir uma escala épica á história que nos faz esquecer que estamos a ver um pequeno trabalho independente.
A variação de cenários é constante e todos os ambientes são plenamente aproveitados para contar partes importantes da história.
Como habitualmente não vou contar muito, mas basicamente a aventura começa numa mina secreta algures no interior de um planeta de mineração onde gerações inteiras de seres humanos ao longo de milhares de anos foram obrigadas a trabalhar forçadamente sem nunca saberem que existe um mundo para lá das suas cavernas escuras e muito menos fazem ideia de que o universo existe.

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Todos são escravizados por um personagem ao melhor estilo Darth Vader que se faz passar por um Deus junto da população.
Um dia um jovem mineiro desenterra um punho de uma espada antiga e desse objecto sai um velho espírito que lhe revela existir um universo fora do seu mundo, pedindo ao jovem que procure a lâmina que se adaptará então ao punho pois este dotá-lo-á de um grande poder mágico que libertará povo mineiro da opressão do falso Deus do mundo das minas.

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Pela primeira vez na vida o jovem resolve escavar para cima mesmo tendo medo, pois sempre lhe foi dito pelo seu Deus que para cima estava o Inferno e passados muitos dias torna-se no único membro da sua comunidade a atingir a superfície planetária e a ver as estrelas pela primeira vez em milhares de anos.

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Ao ser salvo por um mercenário espacial de um par de cyborgs psicopatas a aventura começa, levando-nos através de um universo fascinante muito bem imaginado e que deixará muitos admiradores de boa space-opera plenamente satisfeitos e a gostar tanto deste filme quanto eu gosto, pois [“Starchaser – The Legend of Orin“] nas suas limitações consegue ser um espectáculo verdadeiramente divertido, atmosférico e vibrante que não irá desiludir que aprecia histórias do género.

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CLASSIFICAÇÃO
Uma das melhores space operas cinematográficas de sempre, apesar de bastante inspirada em Star Wars e de muitas limitações técnicas devido ao seu pequeno orçamento, consegue ser uma aventura muito divertida e entusiasmante que irá agradar a todos aqueles que gostam de uma boa space opera á moda antiga ao melhor estilo Doc Smith/George Lucas

 

Cinco Planetas Saturno e um Gold Award

     

Se gostam de Star Wars, gostam de cinema de animação e querem ver um título esquecido que vale realmente a pena não percam isto. É animação de baixo orçamento mas nem por isso deixa de ser um filme de aventuras espaciais muito divertido e um daqueles que não merece ser tão esquecido.

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A favor:
o clima de aventura espacial, o sentido de humor, os personagens humanos, a nave dos herois, as mágnificas sequências de combate com as naves criadas em computador, excelente ritmo narrativo a partir dos primeiros vinte minutos algo desinteressantes, os momentos com ambiente Blade Runner, a variedade de paisagens e cenários, as sequências de acção no canyon na perseguição de naves, a banda sonora que fica no ouvido para sempre, um argumento inteligente que não será propriamente para crianças mas sim para quem gosta de boa space opera clássica, tem um par de cenas politicamente incorrectas que só lhe fica bem, parece um antepassado do “Firefly” muito mais do que se assemelha a Star Wars apesar de tudo.

Contra: é um filme de baixo orçamento de uma época em que a animação não estava na moda e por isso técnicamente pode desapontar imenso a um primeiro olhar pois parece um desenho animado televisivo daquelas séries rascas de sábado de manhã para entreter os putos, os primeiros vinte minutos não impressionam muito,

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Está esgotado em todo o lado.

Bibiografia de E.E.Doc Smith
http://www.catch22.com/SF/ARB/SFS/Smith,E.E.Doc.php3

Opiniões adicionais:
http://animated-views.com/2005/starchaser-the-legend-of-orin/

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Starcrash (Starcrash – O Choque das Estrelas) Luigi Cozzi (1978) Itália

Esta review tem uma nova versão muito mais detalhada noutro ponto deste blog.
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